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quarta-feira, 13 de abril de 2011

Rapidinha: Bad boys? Ok...


"Sou o melhor no que faço,
e o que faço é ser popular!"
 O cara rústico que chega cavalgando sua chopper, bebe suas cervejas (fica bêbado apenas se quiser), vê uma injustiça e responde com as próprias mãos. Ou garras. E se vai, tão misterioso quanto veio.
O lendário vigilante, caçando nas sombras, incutindo o terror no coração dos criminosos.
O pistoleiro solitário, mirando mafiosos e policiais corruptos com a mesma percisão, enviando recados recheados de C4, seguindo suas próprias leis.
Bad boys.
A ficção está cheia deles, sua popularidade cresce a cada dia, tanto que parece que não existe nada mais. Por que tudo isso?

Viver em sociedade é viver amarrado em regras de conduta, procedimentios adequados. A alegoria dos super-heróis, em boa parte, nos permite vivenciar experiências fora dessa zona de conforto que é, ao mesmo tempo, zona limite.
Tudo é permitido em boa causa. O Lanterna Verde não está nem aí para o espaço aéreo alheio. Duvido que o Static Shock (br: Super Choque. Argh) pague conta de luz, ou que o Batman sinta algum remorso pelo rastro de fraturas que suas investigaçãos deixam, investigações estas que, em si, já são ilegais.
Nos identificamos com isso, com a atitude badboy de alguns personagens. Somos seres humanos. Não é difícil sentir raiva, frustração, revolta quando os métodos tradicionais nos falham. Que entrem então Wolverine, Batman (até certo ponto), Justiceiro, Spawn... resolução efetiva, brutal e gratificante num nível muito instintivo, claro, enquanto babacas como Super Homem, Ciclope e Capitão América ficam, enrolando.


Então também sou Bad Boy. Também não gosto de chocolate. Grrr.
 
Aí é que está: é fácil ser o Bad Boy.

E ainda quer pegar minha mulher?
Porra, véi!
 É o Ciclope, líder da equipe, que vai providenciar o funeral dos X-Men que não voltarem de alguma missão se algum detalhe que ele deixou escapar der errado. É o Capitão América que compreende e carrega o peso de seu escudo, de seu próprio nome: um símbolo, um sentimento que, ironicamente, tem pouco a ver com o patriotismo exagerado norte-americano e mais com escolhermos mostrar o que há de melhor em nós. É o Super Homem que poderia resolver tudo na força (caralho, ele já socou o tempo pra ir pro futuro -_-'), mas entende que um segundo de descuido pode causar danos irreversíveis a nossas placas tectônicas ou, até mesmo como mostrado num dos poucos momentos decentes do último filme, "Eu ouço tudo. Você diz que o mundo não precisa de um Super Homem, mas a cada segundo eu ouço as pessoas clamando por um".
E ainda assim, ou melhor, principalmente por isso, eles são heróis efetivos. Já disse, o maior poder do Capitão é o que ele representa, bem como o kryptoniano, que sabe que com certeza cada vilão que ele "perdoa" e simplesmente manda pra cadeia escapará, mas que cada vez que faz isso, deixa uma mensagem para todo o planeta, uma mensagem de esperança, de crer na capacidade de cada um de melhorar, dada a chance.
Salvar o dia é fácil. O que eles tentam fazer é salvar nossas almas, consciência e moral. Isso é coisa que nenhuma garra, arma ou intimidação jamais poderá fazer.
Pense nisso na próxima vez que xingar o Super por qualquer coisa além de usar cueca por cima da calça; ou na próxima vez que reclamar do jogador de seu grupo que quer ser um paladino.

King, que é super fã do Batman, e admite
que ele é um psicopata de marca maior.

Um comentário:

  1. Achei uma foto não editada da... virilha de Brandon Routh no último filme do Super. Não, não perguntem por onde ando na net, apenas agradeçam por eu não ter encontrado um gancho no texto para postar a imagem também.

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