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quinta-feira, 24 de março de 2011

Análise Musical - Fireworks - Angra [1]

Bem, amigos, tudo bom?
Inauguro neste momento minha coluna a qual podemos chamar de análise musical, pelo menos até acharmos nome melhor, minha idéia é desenvolver, analisar e discutir música a música de um determinado album, simples assim! ou não...
Começarei por Fireworks, album da banda brasileira Angra, album lançado em 1998, iniciarei por este pois foi o album que abriu minha mente para o Heavy Metal Melódico, estilo qual hoje gosto, e posso dizer que é o estilo de Heavy Metal mais popular no Brasil.








Fireworks foi lançado em 1998, teve como Gravadora a Paradoxx Music, com a produção de Chris Tsangarides, e gravado em Londres, na famoso estúdio Abbey Road, a formação do Angra na época eram Ricardo Confessori (Bateria), Luis Mariutti (Baixo), Rafael Bittencourt (Guitarra), Kiko Loureiro (Guitarra) e André Matos (Vocais), formação esta um tanto diferente da atual.

O album tem 10 músicas:

1 - Wings of Reality
2 - Petrified Eyes
3 - Lisbon
4 - Metal Icarus
5 - Paradise
6 - Mystery Machine
7 - Fireworks
8 - Extreme Dream
9 - Gentle Change
10 - Speed

Wings of Reality

Música com introdução cativante, onde denota realmente o início de algo, não utiliza fade in para isso, mas sim muita criatividade, ritmicamente ele é do estilo "brasileiro", tendo muito swing na condução e peso na pegada, onde sempre caracterizou a banda fora do Brasil, pois chega a ser considerado um album de música "Heavy Metal Progressivo" tanto na Europa e nos Estados Unidos.
Podem reparar que no meio tem efentuais utilizações de instrumentos de corda que podemos considerar clássicos (violinos, violoncelos, etc), isto predecedendo dueto entre as guitarras, ação esta muito utilizada por Kiko e Rafael.
As guitarras por influencia do Melódico de Judas Priest e Halloween, utilizando o dueto como carro mestre, baixo realizado de maneiro muito eficaz pelo Luiz Mariutti, e música que mostra toda a técnica que o André Matos pode usar, mesmo não mexendo nem com um terço da sua qualidade.

Petrified Eyes

Início em Pentablues muito bem elaborada, solo bem elaborado na introdução, podemos dizer que pelo resto da música se resume a força e interpretação do André, power riffs em duetos nas guitarras e um grave "baseando" onde pode, com muita qualidade além de tudo, e uma bateria com grooves claros e precisos demonstrando a influencia pelo Halloween e bandas anteriores de Heavy Metal Melódico, não demonstrando que Confessori tinha participado da banda Korzus antes desta passagem ao Angra.
É uma música muito clara, não denota novidades para HMM da época, até mesmo pelo HMM apresentado pela banda anteriormente. Mas não deixa de ser uma música muito agradável para os fãs do estilo, em qualquer parte do mundo.

Lisbon



Música de trabalho do album, introdução em um teclado, esta música fez muito sucesso, ela deixaria Dio muito orgulhoso, foi tem muito teclado, onde a música fica circulando de modo a qual depois que você escuta fica com o riff na cabeça.

É uma música muito interessante, pois se você ficar escutando você percebe a elasticidade dos tons cantados pelo André Matos.
É uma música para ser realmente trabalhado para o público, não tem nenhuma descordância com todo HM, ela se baseia no estilo e segue coerente a ele, uma pena pois além do teclado marcante é uma música muito comum, apesar dos solos feitos e suas qualidades.

Metal Icarus

Olha o fade in ai minha gente, como questionei na primeira música ela aparece apenas na quarta, mas presumo mais coerência dos produtores para isso, é a música com mais pegada neste album, ela na verdade mostra toda a qualidade técnica dos instrumentistas, Confessori faz como ele mesmo falou em seu Workshop, o principal diferencia de seu jeito de tocar no melódico, usa sextinas no bumbo, onde assim "inovando", pois tercinas, sextinas, são muito utilizados em ritmos africanos, assim chegando ao Blues, mas não tira a qualidade de nada feito nesta música.
Pelo contrário agrega mais a música, os solos que estão presentes na música sim são presentes, pois são solos elaborados e técnicos, e mesmo com o jeito de improviso do Kiko Loureiro para solar, está muito bom. Acho que é uma das melhores músicas do album, essa se merecesse nota, seria conjunto nota 10!

Paradise

Esta inicia junto com Fireworks e Gentle Change, o lado mais estranho do album, pois é uma música sem energia, parece que foi gravada e colocada no album por obrigação, tem um power riff muito poderoso, mas fica só nisso, é uma música muito confusa, tem momento que imagino que eles mesmo foram muito infelizes pois cruzam muito um ao outro.

Mystery Machine

A introdução em convensão (quando dois ou mais instrumentos tocam juntos) eleva muito mais o album de um patamar que estava muito estranho por causa da música anterior, esta música tem muitos momentos que lembram de Petrified Eyes, muitos mesmos, quando ela está mais cadenciada ela se mostrar ter sido gravada ou junto ou muito próxima a música citada anteriormente, acho que é a letra mais estranha do album inteiro, ainda bem que letra não é tudo. Penso que a fonética das palavras foram bem colocadas junto aos instrumentos, mas o significado ficou faltando alguma coisa. Mas é uma música ótima.

Fireworks

Música titulo do album, é uma balada, bem feita, se parar para pensar um tanto elaborada como Make Believe do album Holy Land. Ritmicamente é a mais rica, pois utiliza muitos tambores e pratos de efeitos como o China, além de ser tocada em 12/08, mesmo ritmo de músicas africanas, baianas e o blues. É a música que não tem peso, poderia entrar em um album de Chitãozinho e Xoxoró tranquilo. MESMO USANDO BUMBO DUPLO!

Extreme Dream

Ótimo Power Riff, música que deixa clara a potência das guitarras, mas não tem nada de inventivo, nada de novo, pessoal, algum que sempre briguei, por favor, música não deve ser apenas tocada por ótimos músicas, devemos senti-la e passar esse sentimento por favor, algum que não ficou claro nessa música.

Gentle Change


Lado escuro, do lado mais escuro de uma pessoa, foi este lado que criou esta música, NÃO COMBINOU COM O ALBUM, não é porque é uma música interessante que deveria ser colocada assim em uma album, ela deveria ter entrado em Holy Land, combinaria mais, não parece muito com Angra, não tenho nada a dizer além que ritmo interessante, mas música estranha.

Speed

Voltamos a Força de Rafael Bittencourt e Kiko Loureiro, DUETOS, Speed é uma música que poderia passar por qualquer banda de HMM que seria algo interessante, tem até uma pegada legal, até uma energia interessante, coisas que reclamei anteriormente, mas é muito interessante, acho que ela e Metal Icarus tem os refrões mais interessantes. Uma música que qualquer Headbanger gostaria. Mas nada de que mostra que é do Angra.

RESUMO DA ÓPERA!


Angra se destacou no mundo por ser algo que beira com muita qualidade o alternativo (deixar claro, isso fora do Brasil, pois aqui temos muitas bandas que mistoram tudo bom as músicas regionais), ritmos diferenciados, mas este album, com raras resalvas, é um album de Heavy Metal Melódico, nada de muito novo, mas para quem gosta do estilo, ou mesmo para quem quer conhecer, é muito bom e importante, pois com ele conseguimos entender todas as bases do Heavy Metal.
É um album muito bom apesar de todos os pesares.

Obrigado!

site da banda:

www.angra.net

Formação atual:
Ricardo Confessori (Bateria)
Felipe Andreoli (Baixo)
Rafael Bittencourt (Guitarra)
Kiko Loureiro (Guitarra)
Edu Falaschi (Vocal)

Obrigado!

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2 comentários: